"Penso que a Rússia tem a intenção firme e a possibilidade de proteger meu filho. Em seu lugar, ficaria na Rússia", disse Lon Snowden em uma entrevista divulgada pela rede de televisão russa Russia 24.
"Ed, está tudo bem em casa. Te amamos e espero que nos vejamos em breve. Mas antes de tudo quero que você esteja em segurança", disse Snowden.
"Se eu fosse ele, estaria agradecido pelas ofertas de Venezuela, Equador e Bolívia, mas já vimos o que aconteceu com o avião do presidente Evo Morales", disse o pai de Snowden.
Edward Snowden está bloqueado desde 23 de junho na zona de trânsito do aeroporto de Moscou Cheremtievo e pediu asilo temporário à Rússia.
O chefe dos serviços de migração russos, Konstantin Romodanovski, disse que não havia nada de novo em relação ao pedido de Snowden.
Por sua vez, o conselheiro da presidência russa encarregado dos Direitos Humanos, Mikhail Fedotov, disse que a Rússia estava em uma situação "pouco invejável".
"Não podemos extraditar alguém que pediu a proteção de nosso Estado. Mas, por outro lado, não queremos arruinar nossas relações com os Estados Unidos, um sócio em vários assuntos internacionais", disse.
'Na saga Snowden, a Rússia é uma vítima. Para nós, não tem nenhum interesse", destacou Fedotov.
À espera de obter o asilo temporário, Snowden leu "Crime e Castigo", de Fiódor Dostoievski, e pediu a obra completa em 18 volumes do historiador russo Nikolai Karamzin, especializado no século XIX, disse seu advogado Anatoli Kucherena.